A primeira vez que usei o Google Wave senti aquela sensação de “ e agora? O que isso faz mesmo? Por onde eu começo?” (assim como foi no twitter). Em seguida saí clicando pela interface dele até perceber que algumas coisas estavam dando errado e estava sendo difícil de consertar, meus olhos ficaram cheios com tantas possibilidades, todas para serem usadas ao mesmo tempo, e foi certamente aí que o projeto deu errado.

Era tanta ferramenta simultânea que ficou  difícil saber onde olhar primeiro. Desenvolvido em HTML 5  prometia ser uma revolução, e assim como a idéia de uma torradeira multifuncional que além de fazer torradas também é um relógio despertador, tem conexão com a internet, e é um porta trecos, mas pode acabar  por deixar queimar as torradas quando seu usuário  se distrai com tantas funções e não sabe onde estão os botões certos de ligar e desligar, ou seja, seu uso que tinha intenção de ser simples se torna algo difícil.

O Google em seus projetos preza por interfaces limpas, vide o navegador Chrome ou a própria home do Google, essa identidade visual ‘clean’  é o que promove boa parte da qualidade de uso (usabilidade) das interfaces visuais do Google, é o que torna fácil seu uso. No caso do Wave muitos elementos do Google foram mantidos, como tipografia,  o modo de usar as cores, formato de painéis, mas ao colocar  todos painéis ao mesmo tempo para os  usuários mexerem, a interface ficou entupida, é o que conhecemos como “interface poluída visualmente”, e dando ao usuário o poder de executar múltiplas funções o usuário não conseguia decidir qual fazer primeiro, tornando a experiência penosa, sendo mais fácil se comunicar pelo bom e velho e-mail.

O  teste do Wave para o Google, por mais que ele tenha acabado,  ainda assim foi positiva,  as ferramentas desenvolvidas para ele serão incorporadas nas demais ferramentas Google, dessa vez provavelmente  melhor controladas para evitar erros de uso, enriquecendo a experiência dos usuários ao usar ferramentas do Google.